Descrição
A falência hepática aguda é uma situação rara com um espectro de apresentação clínica e analítica que compreende desde a encefalopatia e coagulopatia à disfunção multiorgânica e edema cerebral com hipertensão intracraniana.
A etiologia é multifactorial, sobretudo vírica, tóxica, auto-imune, alcoólica e metabólica. A grande maioria destas causas apresenta-se sob a forma de hepatite aguda mas sem falência hepática associada, sendo fundamental o saber reconhecer a entidade por forma a instituir o tratamento adequado e a sua evolução fulminante com evicção da transplantação hepática, o tratamento último da maior parte das situações.
Mostra-se, assim, fundamental, formar correctamente a população médica relativamente a estas entidades, suas formas de apresentação e abordagem, por forma a contribuir para um cada vez melhor outcome dos doentes, e evitar a morbi-mortalidade que lhes pode estar associada.
Objectivos
- Rever conceitos de histologia, fisiologia e anatomia hepáticas
- Definição(ões) de falência hepática aguda e suas manifestações
- Mecanismos patofisiológicos na falência hepática aguda
- Hepatites víricas (A, B, C, D, E) e outros vírus tipo herpes (VHS1/2, VZV, CMV, EBV, VHH6) e não herpéticos (adenovírus, parvovírus B19, flavivirus, etc)
- Hepatites a cogumelos selvagens e outras toxinas
- Hepatites induzidas por drogas: paracetamol, antibacilares, anticomiciais, etc
- Hepatite isquémica e por golpe de calor
- Doença de Wilson
- Hepatite auto-imune
- Outras causas: miscelânia – infiltração maligna do fígado, fígado gordo da gravidez, síndrome de HELLP, síndroma de Reye, Síndroma de Budd-Chiari
- Manuseamento geral dos doentes com falência hepática aguda
- papel da biópsia hepática na abordagem das hepatites agudas
- Critérios para transplantação hepática